domingo, outubro 22, 2006



A linguagem dos acidentes eram recordações de velocidade;
depois dos outros, restava-mos nós,
um por um fomos deixando o grande espaço azul para trás,
alguém permanente, omnipresente, os outros transparentes.


Ficamos ali a olhar um para o outro,
depois do cinema as palavras são sempre falsas,
cinematográficas;
desencontrámo-nos na dança das palavras,
dois corpos nus em harmonia com a luz…
Talvez o belo

Parecia que o movimento linear da sala se igualava com o burburinho da cozinha, a televisão estava desligada, as despedidas eram permanentes…Como se voltasse-mos a ver no dia seguinte…

Um quadrado geométrico em redor do espaço quadriculado, olhos congelados, uma outra pessoa…


Eu sei, tu sabes, ela sabe, nós sabemos, vós sabeis, eles sabem…

Eu ainda sabia que a união,era de facto um conjunto com a luz que a palmeira deixava trespassar; ele olhava permanentemente para ela sem que fosse correspondido,
gestos melosos da linguagem corporal